O mercado acionário de Nova York fechou sem sinal único nesta sexta-feira, 27, com perda de fôlego à tarde. A cautela ganhou mais espaço nas últimas horas do pregão, após o Exército de Israel anunciar que expandiria sua presença por terra na Faixa de Gaza, o que alimenta temores de disseminação da violência e, eventualmente, do envolvimento de mais nações da região. Além disso, a temporada de balanços seguia como fator importante.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,12%, em 32.417,59 pontos, o S&P 500 registrou baixa de 0,48%, a 4.117,37 pontos, e o Nasdaq avançou 0,38%, a 12.643,01 pontos.
O quadro misto era visto desde o início do pregão. Entre ações em foco, Chevron recuou 6,72%, após balanço, o que pressionava o Dow Jones, mas Amazon registrou avanço de 6,83%, após resultados trimestrais que agradaram divulgados na quinta-feira. Intel subiu 3,02%, também após balanço.
Na agenda de indicadores, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,4% em setembro ante agosto, um pouco acima da previsão de alta de 0,3% dos analistas ouvidos pela <i>FactSet</i>. O núcleo do PCE avançou 0,3% na mesma comparação, como esperado.
Dados de gastos com consumo e renda pessoal também foram publicados, mas analistas em geral destacavam que a tendência é que o fôlego dos consumidores diminua nos EUA, com alguns deles avaliando que pode haver recessão em 2024. Os indicadores, porém, não foram decisivos nesta sexta nas bolsas de Nova York, com os balanços tendo mais peso.
Além disso, o apetite por risco ficou mais prejudicado à tarde, com a notícia da possível expansão de Israel de sua presença por terra em Gaza. Entre os setores do S&P 500, o de energia e o financeiro foram os mais pressionados, com perdas predominando, mas ganho modesto em tecnologia.