As bolsas em Nova York encerraram sem sinal único o pregão desta segunda-feira, 1, com atenções voltadas ao anúncio de que os Estados Unidos, o México e o Canadá chegaram a um acordo, além de indicadores que seguem corroborando o fortalecimento da economia americana.
O índice Dow Jones registrou alta de 0,73%, aos 26.651,21 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,36%, aos 2.924,59 pontos. Já o Nasdaq recuou 0,11%, aos 8.037,30 pontos.
O apetite por risco nos mercados globais foi retomado nesta sessão, diante do anúncio do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), pacto comercial trilateral que substitui o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês). Segundo o presidente americano, Donald Trump, as novas condições são “muito, muito boas” para os três países. Com isso, o subíndice da Indústria do S&P 500 registrou alta de 0,90% e as ações de montadoras foram beneficiadas – os papéis da General Motors subiram 1,57%, enquanto os da Ford ganharam 1,31% e os da Fiat Chrysler, 2,74%.
Ainda em meio ao cenário, o subíndice de Energia do S&P 500 subiu 1,47%, aos 569,13 pontos, apoiado pela forte alta do petróleo do tipo WTI negociado em Nova York, que avançou 2,80%, de olho também nas sanções americanas ao Irã. As ações da Chevron avançaram 1,73%, ao passo que as da BP subiram 1,45%.
Indicadores macroeconômicos também ressaltaram o fortalecimento da economia americana, levando as bolsas às máximas. Por um lado, o índice de atividade industrial do país elaborado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 61,3 em agosto para 59,8 em setembro, ligeiramente abaixo das estimativas de recuo a 60,1 pontos. Ao mesmo tempo, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA subiu de 54,7 em agosto para 55,6 em setembro, no maior nível em quatro meses, informou a IHS Markit. O resultado ficou em linha com as projeções.
Já o índice Nasdaq, que mostrou volatilidade durante as negociações, se firmou em território negativo no fim da tarde, pressionado pela queda nas ações da Intel (-1,58%), cujos papéis foram rebaixados de neutro para underweight (abaixo da média do mercado) pelo analista Blayne Curtis, do Barclays. Segundo ele, “a empresa enfrenta agora uma dispendiosa batalha para manter a participação em meio a uma desaceleração de curto prazo de seus mercados finais”.
As ações da Coca-Cola, por sua vez, registraram queda de 3,60% em meio ao anúncio de que a Coca-Cola Canada Bottling Limited, uma joint venture canadense, concluiu as negociações para adquirir a Coca-Cola Refreshments Canada da The Coca-Cola Company.