Estadão

Bolsas de NY ganham fôlego no fim do pregão e Dow Jones e S&P 500 renovam recorde

As bolsas de Nova York ganharam impulso nos últimos minutos de pregão, levando os índices Dow Jones e S&P 500 a renovarem mais uma vez a máxima histórica de fechamento. O Nasdaq reduziu as perdas, mas não teve força suficiente para fechar no positivo. Ao fim do pregão, o Dow Jones avançou 0,31%, aos 35.625,40 pontos, o S&P 500 subiu 0,26%, aos 4.479,71 pontos, e o Nasdaq teve queda de 0,20%, aos 14.793,76 pontos.

A sessão foi marcada pela cautela, diante de sinais de desaceleração das economias da China e dos Estados Unidos. Ações ligadas a commodities, como de petroleiras, tiveram recuos relevantes. As ações de tecnologia, no geral, foram menos pressionadas, mas a Tesla sofreu um forte recuo, o que acabou pesando no Nasdaq.

"Os mercados de ações têm apresentado um bom desempenho nas últimas semanas e a retração desta segunda-feira provavelmente tem muito a ver com isso", aponta Craig Erlam, analista da Oanda. "Houve alguns números econômicos ruins", começando com a leitura do sentimento do consumidor dos EUA na sexta-feira, quando o movimento corretivo começou, "mas o mercado estava preparado para alguma realização de lucro de qualquer maneira e os investidores provavelmente estão aproveitando a oportunidade", avalia.

Nesta segunta, 16, a leitura do índice de atividade industrial Empire State recuou do nível recorde de 43 em julho para 18,3 em agosto. Na avaliação da Oxford Economics, a leitura veio pressionada por aumento nos preços de matérias-primas e maiores tempos de entrega, à medida que os gargalos na cadeia de suprimentos se intensificaram este mês. Nesta semana, o mercado irá observar o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, amanhã e a publicação da ata referente à última reunião de política monetária da autoridade, na quarta-feira, com ambos podendo sinalizar a percepção sobre a economia.

Seguindo a publicação de uma série de dados da China, como produção industrial e vendas no varejo, a Capital Economics afirma que houve uma "desaceleração de base disseminada" no país. Um dos reflexos foi uma queda no barril de petróleo, o que pressionou ações como Occidental Petroleum (-3,88%), Chevron (-1,02%) e ExxonMobil (-1,46%), que recuaram observando os riscos para a demanda.

Em dia marcado por investigações sobre o seu sistema de piloto automático depois de acidentes, as ações da Tesla recuaram 4,32%. O movimento destoou de outras big techs, como Apple (+1,35%) e Facebook (+0,93%), que avançaram. Com balanço marcado para a publicação amanhã, o Walmart subiu 0,90% com a expectativa.

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