Bolsas de NY oscilam perto da estabilidade em último pregão de 2020

As bolsas de Nova York oscilam perto da estabilidade na primeira etapa do último pregão de 2020 nesta quinta-feira, 31, com a liquidez reduzida no mercado e certa realização de lucros após sucessivas máximas históricas intraday e de fechamento nos últimos dias. A indefinição no Senado americano sobre o aumento do valor dos benefícios individuais do pacote fiscal continua, e há preocupações com o avanço da covid-19, principalmente devido à nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido e que agora também chegou à China.

Em um ano marcado pela pandemia, mas também por estímulos fiscais e monetários sem precedentes, os índices acionários americanos devem registrar ganhos. Na sessão de hoje, contudo, há pouco fôlego. No final da manhã, o Dow Jones subia 0,06%, o S&P 500 avançava 0,03% e o Nasdaq recuava 0,12%.

O destino do projeto de lei que eleva os pagamentos individuais do pacote fiscal dos EUA de US$ 600 para US$ 2 mil permanece incerto, depois de o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, decidir não pautar a votação a menos que outros dois temas estejam vinculados. Para analistas do Citi, isso "provavelmente impede" que a legislação obtenha os 60 votos necessários para ser aprovada.

Na Europa, as principais bolsas fecharam em baixa, com um pregão mais curto. O índice FTSE 100, de Londres, recuou 1,45%, a 6.460,52 pontos, e registrou perda de 14,34% no ano, marcado pela incerteza sobre a transição do Brexit. O imbróglio entre o Reino Unido e a União Europeia só foi resolvido na véspera do Natal, quando os dois países fecharam um acordo comercial que passará a valer a partir de 1º de janeiro. Hoje, os britânicos alcançaram um entendimento com a Espanha para manter aberta a fronteira de Gibraltar.

A escalada da pandemia também preocupa, apesar do início da vacinação em diversos países. Ontem, o Reino Unido estendeu restrições para tentar conter o avanço da nova variante do coronavírus, que se espalha numa velocidade 70% mais rápida, segundo as autoridades britânicas. A mutação já foi identificada em outros países, como os EUA, e agora chegou também à China.

Na seara comercial, Washington anunciou uma alta em tarifas sobre alguns produtos importados da União Europeia, como peças de aeronaves e vinhos da França e da Alemanha.

No mercado cambial, o dólar operava perto da estabilidade ante os pares. No final da manhã, o índice DXY, que mede a variação da divisa americana contra seis rivais, subia 0,03%, a 89,704 pontos. Os juros dos Treasuries, por sua vez, recuavam. O rendimento da T-note de 2 anos caía a 0,117% e a T-note de 10 anos, a 0,916%.

O petróleo registrava perdas, pressionado pelo temor com a pandemia e sem impulso após ter registrado ganhos ontem. No final da manhã, o WTI para fevereiro caía 0,91%, a US$ 47,96 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março recuava 0,93%, a US$ 51,15 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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