As bolsas americanas registraram acentuada retração na sessão desta segunda-feira, 22, refletindo as preocupações dos investidores em relação ao crescimento da China, que pode influenciar o preço das commodities e a expansão global. Os dados fracos dos EUA divulgados hoje também pesaram sobre os negócios.
Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,62%, aos 17.172,68 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,80%, para 1.994,29 pontos. Já o índice Nasdaq baixou 1,14%, para 4.527,69 pontos.
O movimento de aversão ao risco teve por base as declarações do ministro de Finanças da China, Lou Jiwei, que reconheceu que a segunda maior economia do mundo está perdendo ritmo. Ao participar do encontro de ministros de finanças e banqueiros centrais do G-20 na Austrália neste fim de semana, Lou Jiwei ainda destacou que o governo chinês não planeja responder à desaceleração do país com grandes mudanças em sua política econômica.
A informação ecoou nos mercados de todo o mundo, provocando queda também nos preços dos metais, já que a China é o maior consumidor mundial destes produtos.
A tendência baixista do mercado acionário americano ainda foi alimentada pelos sinais de fragilidade da economia doméstica. As vendas de moradias usadas no país caíram 1,8% entre julho e agosto, na primeira retração em cinco meses. Nesta manhã, o Federal Reserve de Chicago informou que o índice nacional de atividade caiu para -0,21 em agosto, de +0,26 em julho. Resultados abaixo de zero indicam crescimento econômico abaixo da média histórica.
Para o analista da Charles Schwab, Randy Frederick, as oscilações no mercado acionário americano tendem a aumentar nas próximas semanas. “O fim do tapering (compra de títulos pelo governo) em outubro irá coincidir com as eleições de meio de mandato, que historicamente já é um período de maior volatilidade.”