Os mercados acionários americanos abandonaram temporariamente a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) suba as taxas de juros mais agressivamente e voltaram a apresentar fortes ganhos, com suporte de balanços corporativos e do noticiário político em Washington.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,99%, aos 24.322,34 pontos; o S&P 500 avançou 1,04%, aos 2.666,94 pontos; e o Nasdaq subiu 1,64%, aos 7.118,68 pontos. O subíndice de tecnologia do S&P 500 foi o que mais se destacou no dia, ao apresentar ganho de 2,28%, aos 1.151,48 pontos.
Balanços corporativos já indicavam que o pregão começaria em alta. Após informar que não houve fuga de anunciantes mesmo com os escândalos envolvendo o uso inadequado de dados de usuários, o Facebook viu suas ações saltarem 9,06%, para US$ 174,16. Além disso, a companhia registrou lucro líquido e receita acima das expectativas do mercado, além de registrar crescimento no número de usuários.
O Facebook ajudou a impulsionar as ações de outras techs, que também divulgam resultados em breve: a Amazon avançou 3,96%, a Microsoft ganhou 2,11% e a Intel subiu 3,25%. As três empresas divulgaram resultados após o fechamento dos mercados em Nova York nesta quinta-feira.
Papéis de bancos também foram favorecidos com a perspectiva de que a novela em torno de mudanças na regulação financeira termine – Morgan Stanley subiu 0,31% e Goldman Sachs ganhou 0,36%.
A Câmara dos Representantes dos EUA está no caminho de aprovar um projeto que reformula a Dodd-Frank e que já teve o caminho liberado no Senado. Para evitar uma briga com o Senado, o deputado republicano Jeb Hensarling (Texas) sugeriu que a Câmara pode avançar com uma série de medidas regulatórias do sistema financeiro além da lei aprovada no Senado.
Ainda em Washington, o Senado aprovou o nome de Mike Pompeo para ser secretário de Estado dos EUA por 57 votos a favor e 42 contra, com o aval de seis senadores democratas. Com isso, a esperança de diálogo de republicanos e democratas deu alívio às bolsas, com a expectativa de que projetos futuros do governo de Donald Trump passem no Congresso americano, como a proposta que aumenta os investimentos em infraestrutura.
