Economia

Bolsas europeias fecham em alta, impulsionadas por declarações de Draghi

As bolsas da Europa encerraram o pregão desta quarta-feira, 15, em alta, impulsionadas por declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, favoráveis ao programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) da instituição. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em alta de 0,57%, aos 414,06 pontos, batendo novo recorde histórico.

Draghi disse que a implementação dos programas de compra de ativos segue sem problemas, com volumes em linha com o valor anunciado de 60 bilhões de euros em títulos por mês, e afirmou que há “evidências claras de que as medidas de política monetária estão sendo eficazes”. As declarações do presidente do BCE foram feitas após a instituição informar que manteve inalterada, como esperado, suas três principais taxas de juros na reunião de política monetária.

A fala de Draghi enterrou de vez a hipótese de alguns analistas que previam uma redução antecipada do programa de compra de ativos. “Em essência, Draghi abateu qualquer sugestão de que o BCE estaria planejando acabar com seu programa de QE antes dos 18 meses prometidos”, escreveu em uma nota Matt Weller, analista técnico da Forex.com.

Impulsionadas pela declarações de Draghi, as ações de bancos se destacaram na bolsa de Milão, que teve a maior alta entre as principais bolsas do continente. Os papéis do Intesa Sanpaolo subiram 1,80%, do Popolare di Milano ganharam 1,32% e os do UniCredit avançaram 1,34%. O índice FTSE-MIB subiu 1,17%, encerrando em 24.030,54 pontos.

A bolsa de Paris fechou em alta de 0,70%, aos 7.096,78 pontos. Os papéis da Danone avançaram 2,30% após a empresa anunciar o aumento das vendas no primeiro trimestre. Após subirem 16,00% ontem, impulsionadas pela notícia de fusão com a Nokia, as ações da Alcatel-Lucent cederam 15,51% hoje.

Mais uma vez, a batalha interna em seu Conselho de Administração provocou a queda das ações da Volkswagen, que cederam 1,52% hoje e prejudicaram o desempenho da bolsa de Frankfurt. O índice DAX fechou com alta marginal de 0,03%, aos 12.231,34 pontos. Na outra ponta, os papéis da Thyssen Krupp subiram 1,41%, impulsionados por uma reportagem do Wall Street Journal que diz que a empresa está próxima de acertar a venda da sua subsidária VDM, que atua na área de siderurgia.

O índice FTSE-100, da bolsa de Londres, fechou em alta de 0,30%, aos 7.096,78 pontos, renovando seu recorde histórico. A bolsa de Madri ganhou 0,63%, aos 11.778,40 pontos, e a de Lisboa avançou 0,93%, aos 6.294,69 pontos.

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