As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, 23, puxadas pelas perdas das mineradoras, que sentiram o impacto do declínio dos preços das commodities – decorrente da desaceleração da economia chinesa.
O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,37%, para 379,92 pontos.
A China continua funcionando como um grande pano de fundo para o mercado europeu. Nos últimos dias, voltou a crescer a preocupação sobre o ritmo da economia asiática, com algumas indicações de que diminui a atividade em setores importantes, como as siderúrgicas.
A desaceleração da atividade chinesa ajuda a reduzir o preço das principais commodities. O cobre, por exemplo, chegou a cair mais de 2% no início da manhã, rumo ao menor preço desde 2009.
Além disso, o fortalecimento do dólar também teve impacto nos preços das matérias-primas, já que com a divisa forte, os preços das commodities ficam mais altos para investidores de outros países. Às 15h53 de Brasília, o dólar subia a 122,89 ienes e o euro recuava para US$ 1,0618.
Como resultado, a Bolsa de Londres recuou 0,46%, para 6.305,49 pontos, pressionada por perdas das empresas de commodities e petroleiras. A Antofagasta caiu 2,32%, a Glencore perdeu 2,07%, e a BHP Billiton viu seus papeis perderem 1,60%. Já a companhia de petróleo BP perdeu 0,14% e a Amec Foster Wheeler despencou 3,88%.
Em Paris, o índice CAC 40 caiu 0,44%, para 4.889,12 pontos, influenciada pelas perdas da Total, que perdeu 1,06%.
O índice DAX da Bolsa de Frankfurt fechou em queda de 0,25%, puxado pelas perdas da RWE, que viu suas ações recuarem 4,92%. A companhia aérea Lufthansa perdeu 1,95% após o sindicato dos pilotos anunciarem mais uma greve de dois dias a partir de quinta-feira.
Na contramão da tendência de queda do mercado acionário europeu, a Bolsa de Milão fechou em alta de 0,70%, aos 22.294,69; na Espanha, a Bolsa de Madri fechou em queda de 0,13%, aos 10.277,40 pontos; e a Bolsa de Lisboa caiu 0,19%, para 5.298,00 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)