Economia

Bolsas europeias fecham em queda, com desempenho fraco de empresas e do petróleo

As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, 9, puxadas em parte pela decepção dos investidores sobre o potencial crescimento do lucro de algumas empresas, como a Renault e o InterContinental Hotels Group, além da queda nos preços do petróleo e tensões políticas em Portugal. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,07%, aos 375,88 pontos.

A bolsa de Londres caiu 0,92%, para 6.295,16 pontos, registrando sua terceira sessão seguida de perdas. O índice FTSE 100 foi pressionado pelo recuo do InterContinental Hotels Group, que viu suas ações recuarem 4,83% após afirmar que não está “considerando uma possível venda ou fusão da empresa”. Na sexta-feira, o grupo negou relatos de que estaria explorando essas opções.

Além disso, a queda do preço do petróleo levou ao recuo de empresas do setor energético. Às 16h41 (de Brasília), o petróleo para dezembro caía 0,59%, a US$ 44,04 por barril, na Nymex. O Brent para dezembro recuava 0,11% a US$ 47,37 por barril na ICE.

A Royal Dutch Shell perdeu 0,87%, a BP recuou 1,01% e a BG viu suas ações recuarem 1,66%. Já a mineradora BHP Billiton perdeu 2,32%, após afirmar que está revisando suas projeções para o ano depois do rompimento da barragem em Mariana, em Minas Gerais. A companhia responsabiliza a Samarco pelo ocorrido. No terreno dos ganhos está o Barclays, que avançou 0,71%, e o Royal Bank of Scotland (+0,09%).

O índice CAC 40 da bolsa de Paris fechou em queda de 1,46%, aos 4.911,17 pontos, pressionado pela afirmação do primeiro-ministro francês, Manuel Valls, de que o governo é contra uma fusão da Renault com a montadora japonesa Nissan. O posicionamento de Valls levou a Renault a perder 3,51%.

Em Portugal, a bolsa de Lisboa fechou na mínima, e despencou 4,05%, para 5.273,32 pontos, pressionada pela crise política, que pesa sobre o sentimento do mercado. A coalizão do governo do país vai apresentar seu programa de governo ao Parlamento hoje, mas provavelmente não terá votos favoráveis, dado o tamanho da aliança de esquerda. O presidente de Portugal deve então escolher se quer nomear a aliança ou manter o governo interino até que novas eleições sejam realizadas no próximo ano. Analistas afirmam que os planos de gastos extras da coalizão da esquerda podem significar que o país terá menos espaço para manobras, caso a economia global desacelere mais do que o esperado.

Na Alemanha, a bolsa de Frankfurt recuou 1,57%, para 10.815,45 pontos, puxada pelas perdas da Continental, que viu seus papéis caírem 5,52%, mesmo após aumentar sua perspectiva de margem para o ano. Já a Volkswagen perdeu 1,26%, após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar o rating da montadora de A para BBB+.

A bolsa de Madri fechou em queda 1,22%, aos 10.325,20 pontos, e a bolsa de Milão recuou 1,88%, para 22.407,30 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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