Economia

Bolsas europeias fecham predominantemente em queda, pressionadas por Fed e China

As principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta segunda-feira, 14, predominantemente em baixa, pressionadas pelas incertezas envolvendo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e por dados fracos da indústria da China. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou em queda de 0,59%, aos 353,63 pontos.

As bolsas da Europa abriram a sessão em alta, impulsionadas por ações de mineradoras que exploram minério de ferro e pela alta da produção industrial da zona do euro. O indicador subiu 0,6% em julho ante junho, mais do que a expectativa de avanço de 0,3% dos analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires.

No entanto, ao longo do dia, as negociações perderam força. Analistas apontam que os investidores estão com receio de se posicionar antes do anúncio da decisão de política monetária do Fed, na quinta-feira.

“A decisão do Fomc (Comitê Federal do Mercado Aberto, na sigla em inglês) supera todos os outros dados divulgados esta semana. Enquanto economistas veem probabilidade de um aumento da taxa em 50%, os mercados de futuros estão menos convencidos e apontam para 30%. Todos estão atentos para quinta-feira”, afirmou Christian Gattiker, estrategista-chefe e líder de pesquisas no banco suíço Julius Baer.

Outro fator que pesou nas negociações na Europa foi o dado fraco da produção industrial da China, que subiu 6,1% em agosto ante o mesmo mês de 2014. O mercado esperava um alta maior, de 6,6%.

Neste ambiente de volatilidade, a bolsa de Paris encerrou o pregão em baixa de 0,67%, aos 4.518,15 pontos. As maiores baixas da sessão foram dos papéis do banco Crédit Agricole (-2,95%) e da siderúrgica ArcelorMittal (-2,95%).

Em Lisboa, o mau desempenho dos bancos prejudicaram o índice PSI-20, que caiu 0,59%, para 4.992,22 pontos. Os papéis do BCP perderam 5,61% e os do BPI caíram 3,79%. A onda de vendas de ações de instituições financeiras ocorre em meio às incertezas envolvendo o futuro do Novo Banco, originário do desmembramento do Banco Espírito Santo no ano passado.

A alta das ações de mineradoras de ferro não impediu que a bolsa de Londres encerrasse o pregão em queda de 0,54%, aos 6.084,59 pontos. Os papéis da BHP Billiton subiram 1,04% e os da Rio Tinto avançaram 0,61%, impulsionados pela elevação da recomendação para o setor para “overweight” (desempenho acima da média do mercado) pelo J.P. Morgan Cazenove. Por sua vez, a baixa de 4,41% da mineradora Glencore, causada pela baixa do cobre, pressionou o índice de referência FTSE-100.

Em Frankfurt, os papéis do Deutsche Bank tiveram alta de 0,49%, impulsionados por uma reportagem do Wall Street Journal que diz que a instituição pode reduzir as operações em alguns países. Esse movimento ajudou o índice DAX a terminar no terreno positivo, aos 10.131,74 pontos (+0,08%).

A bolsa de Madri fechou em queda de 0,43%, aos 9.696,40 pontos, e a de Milão baixou 0,96%, encerrando em 21.553,80 pontos.

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