As principais bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 31, pressionadas por dados que tiveram impactos diversos nos índices. Os ganhos das mineradoras não conseguiram dissipar as preocupações sobre a força persistente do euro em relação ao dólar.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em queda de 0,13%, aos 377,85 pontos, e chegou ao menor patamar desde abril, de acordo com o FactSet Data. No mês, a queda ficou acumulada em 0,4%. As ações ligadas a consumo, industriais e de tecnologia observaram queda, mas as de serviços públicos e saúde estiveram entre as altas.
“Quanto mais tempo a queda do dólar continuar, mais preocupante fica. É isso que está por trás dessa alta do euro e da libra, e é isso que dissemina problemas para as bolsas em agosto”, disse o analista-chefe de mercado na IG, Chris Beauchamp.
Um euro mais forte pode tornar os produtos dos exportadores europeus mais caros para seus clientes de fora do continente.
Por outro lado, dados positivos do setor de construção da China impulsionaram as mineradoras, o que refletiu no índice britânico FTSE 100. Ele fechou em alta de 0,05%, aos 7.372,00 pontos, com a Anglo American, a BHP Billiton e a Antofagasta se destacando positivamente. Elas tiveram alta de 1,66%, 1,03% e 0,80%, respectivamente.
Ao mesmo tempo, a atividade industrial da China apresentou queda em julho, o que foi interpretado por alguns economistas como um sinal de que a segunda maior economia do mundo está desacelerando.
Os índices francês e alemão fecharam em queda, com o CAC 40 recuando 0,73% (5.093,77 pontos) e o DAX perdendo 0,37% (12.118,25 pontos). Também fechou em queda o Ibex 35, de Madri, recuando 0,32%, aos 10.502,20 pontos.
Na contramão, o FTSE Mib, de Milão, e o PSI 20, de Lisboa, anotaram ganhos nesta segunda-feira. O primeiro avançou 0,26%, para 21.486,91 pontos, e o segundo 0,32%, aos 5.189,23 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires