Economia

Bolsas fecham em alta em NY alimentadas por busca por risco

As bolsas de Nova York encerraram o pregão em firme alta nesta segunda-feira, 30, recuperando-se de parte das perdas e impulsionados por anúncios de fusões e aquisições nos setores de saúde e tecnologia.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,49%, aos 17.976,31 pontos; o Nasdaq subiu 1,15%, encerrando em 4.947,44 pontos; e o S&P 500 avançou 1,22%, aos 2.086,24 pontos.

As ações da UnitedHealth, controladora da brasileira Amil, teve uma das maiores altas (+2,53%) do índice Dow Jones nesta segunda-feira. O movimento foi influenciado pelo anúncio de que iria adquirir a Catamaran por cerca de US$ 12,8 bilhões em dinheiro. Os papéis da Catamaran subiram 24%.

“Começamos o dia com boas notícias para os negócios de saúde, que ajudaram a impulsionar os ganhos desta segunda-feira”, disse Michael Antonelli, operador da Robert W. Baird.

Outras consolidações no setor de saúde foram anunciadas hoje.

A Teva Pharmaceuticals Industries adquiriu a Auspex Pharmaceuticals em um negócio calculado em US$ 3,2 bilhões. Os papéis da Auspex dispararam 42%. Já a Horizon Pharma acertou a compra da Hyperion Therapeutics por US$ 955,7 milhões em dinheiro. Os papéis da primeira subiram 18% e da segunda, 7,6%.

Outro mercado que teve notícias de aquisições foi o de tecnologia. Segundo o jornal Wall Street Journal, a Intel está em negociações para comprar a Altera. As ações da primeira cederam 1,69% e da segunda caíram 3,54%.

Os ganhos do mercado de ações também se apoiaram em indicadores positivos dos EUA e na sinalização de mais estímulos à economia na China.

O Departamento do Comércio dos EUA informou que a renda pessoal dos consumidores subiu 0,4% em março, na comparação com fevereiro. O dado veio acima do esperado por analistas, que previam alta de 0,3%. Já o índice de vendas pendentes de imóveis, que é baseado em contratos assinados para compras de moradias já existentes, subiu 3,1% em fevereiro ante janeiro, de acordo com a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, atingindo o maior nível desde junho de 2013.

No outro lado do globo, o presidente do Banco do Povo da China (PBOC), Zhou Xiaochuan, disse que a China tem “espaço” para mais um relaxamento de sua política monetária, caso a inflação continue a perder força e o quadro de desaceleração da economia piore. Ele afirmou que o governo do país irá acompanhar de perto sinais de deflação, em meio à queda dos preços internacionais de commodities.

A busca por ativos de risco marcou a sessão também na Europa. Em Londres, o índice FTSE-100 avançou 0,53%; o índice CAC-40, da bolsa de Paris, encerrou com ganhos de 0,98%; e o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou com alta de 1,83%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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