Depois de dizer na manhã desta quarta-feira, 27, que tinha certeza da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou há pouco que não sabe se o Senado vai dar aval à proposta.
"Na Câmara acho que não vamos ter problema, não sei no Senado", disse Bolsonaro em entrevista ao programa Alerta Nacional, da TV A Crítica, no Amazonas, afiliada da RedeTV!.
A PEC é uma das estratégias do governo para viabilizar o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil até dezembro de 2022, ano eleitoral, e pode ser votada na Câmara ainda hoje.
<b>CÂMARA</b>
O relator da PEC dos Precatórios, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), admitiu há pouco que a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de retomar as votações presenciais está sendo um obstáculo para o alcance do quórum necessário à votação.
"Estamos tentando mobilizar, teve essa mudança na votação presencial", disse Motta no Salão Verde da Câmara. "A gente só quer pautar se tiver segurança necessária do quórum", afirmou.
Segundo ele, por causa do problema, as discussões não estão concentradas no teor do texto, mas sim no quórum.
O ministro da Cidadania, João Roma, que estava reunido com Motta, fez um apelo para que a votação ocorra. Ele tem preocupação com a operacionalização do Auxilio Brasil de R$ 400.
"Meu apelo é que Congresso possa apreciar essa matéria para não faltarmos com esses brasileiros (vulneráveis)", disse.
Sobre o pedido de parlamentares de tirar precatórios do Fundef do teto de gastos, para garantir o pagamento dessas dívidas das quais os Estados são credores, Roma evitou dizer de forma explícita se é a favor ou contra a matéria. "Quem tem muitas prioridades não tem prioridades", disse o ministro.
Roma e Motta se juntaram a Lira e ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, em uma reunião sobre a PEC.