Na sua "live" semanal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o endurecimento das restrições no combate à pandemia, direcionando, em especial, as críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Para Bolsonaro, o efeito colateral do "lockdown" é mais danoso do que o próprio vírus. Ele voltou a apontar os impactos do fechamento das atividades sobre o emprego, tendo como potencial consequência o aumento das tensões sociais.
Bolsonaro criticou a decisão do governador de Brasília, Ibaneis Rocha, de restringir o acesso às ruas entre 22h e 5h. "Isso é estado de sítio, o que compete exclusivamente a mim, decretar, e ainda com autorização do Congresso Nacional. Isso é um crime o que o governo do DF está fazendo."
O presidente afirmou ainda que não quer ser acusado de estimular a violência, mas disse que vê "problemas sérios" pela frente. "Nós sabemos quem está provocando esse problema", afirmou o presidente, numa referência aos governadores que decretaram "lockdowns".
"Temos um ano de lockdowns e o vírus continua aí", afirmou o presidente nesta quinta-feira. Na sequência, apresentou matérias, atribuídas ao site <i>R7</i>, que noticiam aumento nos casos de abuso infantil em São Paulo, a "cidade que mais fecha", junto com conflitos familiares e assédio sexual.
"Ninguém quer morte, lamentamos toda e qualquer morte, agora saúde e economia andam juntos. Não pode criar massa de desempregados enorme no Brasil porque daí não vamos ter recursos para fazer nada, nem para comprar vacina", frisou o chefe do Executivo. "A pessoa com fome perde a razão, topa tudo", disse.