O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social como forma de conter a disseminação do novo coronavírus. Ele disse que o "povo brasileiro é forte e não tem medo do perigo". Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil ultrapassou as 200 mil mortes pela covid-19.
Bolsonaro afirmou fazer um apelo aos governadores e ressaltou que, segundo ele, sem apresentar dados, "a política de fechar tudo e ficar em casa não deu certo". "Os mais vulneráveis são velhos e com comorbidades, o resto tem que trabalhar."
"Reformulem essa política e entendam cada vez mais que o isolamento, o lockdown, o confinamento nos leva para a miséria. Eu sempre disse, lá atrás, que a economia anda de mãos dadas com a vida. A vida sem recursos e sem emprego torna-se muito difícil", disse. Bolsonaro também comemorou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) desta quinta-feira, 28, que apontam a criação de 142 mil vagas de trabalho com carteira assinada em 2020 no País.
O presidente participou na manhã desta quinta-feira, 28, da inauguração de ponte da BR-101, que liga as cidades de Propriá (SE) a Porto Real do Colégio (AL). A cerimônia faz parte de série de viagens que ele e a comitiva fazem ao Nordeste para entrega de obras de infraestrutura. A construção da ponte teve início em junho de 2013 e foi concluída em setembro de 2016. Restava para a entrega o nivelamento das cabeceiras da pista,iniciado em 2019.
Acompanharam o presidente os ministros do Turismo, Gilson Machado, da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o senador Fernando Collor (PROS) e o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).
Sem dar detalhes, o presidente também disse que o governo comprará qualquer vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mais cedo, Gilson Machado havia dito que Bolsonaro foi "estrategista". Segundo o ministro, o presidente "só falou da vacina quando a Anvisa liberou".
Entretanto, Bolsonaro já havia feito menções ao imunizante em transmissões ao vivo e em conversas com apoiadores onde questionou a eficácia da vacina e disse que não compraria o imunizante produzido pelo Instituto Butantan.