Estadão

Bolsonaro disse que colocaria cara no fogo por Ribeiro após denúncias

Quando o caso da cobrança de propina no Ministério da Educação veio a público, o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa de Milton Ribeiro. A atuação de um gabinete paralelo no MEC foi revelada pelo <b>Estadão</b>. Numa live em 24 de março, preferiu isentar seu ministro de envolvimento.

"O Milton, coisa rara de eu falar aqui: eu boto minha cara no fogo pelo Milton", afirmou Bolsonaro, em transmissão ao vivo pelas redes sociais. O presidente ainda repetiu: "Minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia contra ele". Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, eram muito próximos a Ribeiro.

Durante a live, o presidente afirmou que o ministro já havia levado o caso a conhecimento da Controladoria-Geral da União (CGU) em 2021. A apuração do órgão, no entanto, segundo informação divulgada à época não tinha apurado envolvimento de servidor público. A apuração oficial só foi retomada após as reportagens do <b>Estadão</b>.

Quatro dias depois da live de Bolsonaro, sua mulher Michelle também defendeu a atuação de Ribeiro. "Ainda não tive tempo de ver, mas estou orando pela vida dele. Eu confio muito nele", afirmou a primeira-dama durante evento de filiação dos ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) ao Republicanos, em Brasília.

Questionado por jornalistas se a saída de Ribeiro causava algum tipo de constrangimento ao governo, Michelle disse que o ex-ministro era honesto. "Deus sabe de todas as coisas e vai provar que ele é uma pessoa honesta, justa, fiel e leal." A primeira-dama declarou ainda que conversa com Ribeiro todos os dias. "Amo a vida dele."

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