O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, durante evento da Caixa Econômica Federal, 27, que as Forças Armadas não cumprem ordens absurdas. "Se eu der ordens absurdas, vão cumprir? Não. Nem a mim, nem a governo nenhum. As Forças Armadas tem que ser tratadas com respeito", disse o chefe do Planalto.
A fala vem após dúvidas no meio político se parte das Forças Armadas estaria disposta a embarcar em uma ruptura institucional. Como revelou o <i>Estadão/Broadcast</i>, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, mandou recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), por meio de um interlocutor, de que não haveria eleições em 2022 sem voto impresso, proposta derrotada no Congresso.
Ainda durante o discurso no evento da Caixa, que marcou a abertura da agenda de eventos dos mil dias de governo, Bolsonaro ainda voltou a dizer que não gostaria de ver a gasolina e o dólar nos níveis atuais, mas ressaltou que não resolve tudo sozinho. "Alguém acha que eu não queria gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é a realidade", disse o presidente. "Tem um ditado que diz "nada está tão ruim que não possa piorar". Não queremos isso", acrescentou.