O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou categoricamente nesta quinta-feira, 10, que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul. Ela era o nome favorito do Centrão para ser a vice de Bolsonaro nas eleições deste ano. Com isso, o presidente pavimenta o caminho para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, assumir o posto.
Como mostrou reportagem do <b>Broadcast Político/Estadão</b> em fevereiro, Bolsonaro era pressionado pelo Centrão a aceitar Tereza Cristina, mas preferia o militar Braga Netto na chapa como uma espécie de "seguro-impeachment". Os dois eram as principais opções do presidente.
"Aproximadamente oito ministros deixarão os respectivos ministérios para concorrer às eleições", disse Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Além da ministra da Agricultura, que vai trocar o União Brasil pelo Progressistas no final do mês, o presidente confirmou que a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, será candidata ao Senado pelo Amapá – e não por São Paulo, como chegou a ser considerado nos bastidores do governo.
Bolsonaro ainda citou outras candidaturas de ministros já esperadas: Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) ao governo paulista; Flávia Arruda (Secretaria de Governo) ao Senado pelo Distrito Federal; João Roma (Cidadania) ao governo da Bahia; Gilson Machado (Turismo) ao Senado por Pernambuco; Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) para deputado federal por São Paulo.
A pré-candidatura de Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência, também foi informada pelo chefe do Executivo durante a live.