O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, afirmou neste sábado, 25, durante discurso no evento religioso "Marcha para Jesus", em Balneário Camboriú (SC), que cada vez mais tem "um exército que se aproxima de 200 milhões de pessoas nos quatro cantos do Brasil". A despeito da afirmação, o mandatário segue atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas pesquisas de intenção de voto, na corrida ao Palácio do Planalto, nas eleições gerais de outubro deste ano. E a população total do Brasil é de cerca de 214 milhões de habitantes. No discurso, ele destacou que não se pode esperar chegar 2023 ou 2024 "e olhar para trás e nós aqui perguntarmos a nós mesmos o que nós não fizemos".
Ainda de acordo com ele, a sua chegada ao Planalto em 2019, após ganhar as eleições de 2018, serviu para que o brasileiro de maneira geral começasse a entender o que é política e o que "representa para nós cada um dos Três Poderes". "Creio que esse momento está praticamente vencido. Eu, como militar, como tantos outros que temos aqui, juramos dar a vida pela nossa Pátria. E eu tenho certeza que o povo brasileiro, independente do juramento explicitado, está na sua consciência, está na sua mente, está no dia a dia, que ele também fez um juramento pela sua liberdade", disse.
Bolsonaro voltou a falar das "quatro linhas da constituição", dizendo que cada vez mais "parece que será preciso, nós tomaremos as decisões que precisam ser tomadas". "Não podemos admitir que enquanto estiver acontecendo algo de mal para os outros, nós fiquemos calados do lado de cá. Esse mal vai bater na sua porta um dia."
Numa referência à esquerda chegar ao poder no País, Bolsonaro afirmou que um lado defende o aborto, o outro é contra; um lado defende a família, o outro quer cada vez mais desgastar os seus valores; um lado é contra a ideologia de gênero, o outro é favorável; "um lado quer que seu povo se arme, para que cada vez mais se afaste a sombra daqueles que querem roubar essa nossa tão sagrada liberdade e eu tenho dito: povo armado jamais será escravizado", reiterou, no mesmo discurso que foi um dos pilares de sua campanha em 2018 e de seu governo.