O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 30, a dois dias do primeiro turno, que tem uma relação de "lealdade", "confiança", "respeito" e "consideração" com os comandantes militares. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o candidato à reeleição também disse que a imprensa tenta "afastá-lo" das Forças Armadas, ao reagir à informação, publicada pelo <b>Estadão</b>, de que o Alto-Comando do Exército selou posição de respaldar o resultado das eleições presidenciais neste domingo, 2.
"Eles inventam nomes, fazem a matéria, tentam me afastar das Forças Armadas, mas existe uma coisa que a imprensa não sabe, chama-se lealdade, confiança, respeito, consideração, a imprensa não sabe o que é isso, isso existe entre eu e os comandantes militares", declarou Bolsonaro, ao questionar a reportagem e acusar o jornal. O presidente também falou de uma suposta nota do Exército "desmentindo esta questão".
A reportagem mostrou que o colegiado mais influente das Forças Armadas, formado por 16 oficiais-generais e pelo comandante-geral do Exército, indicou que a caserna vai seguir o rito de reconhecer o anúncio do vencedor pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Quem ganhar leva", disseram militares. O <b>Estadão</b> apurou que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica começaram a evitar exposição política e a dar sinais de distanciamento da auditoria paralela das urnas, que será feita a pedido de Bolsonaro, no Ministério da Defesa, neste domingo, 2.