O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prestaram homenagens nesta segunda-feira, 16, a policiais da Rota que participaram da Operação Escudo. A ação contra o crime organizado no litoral paulista foi deflagrada após o assassinato do soldado Patrick Reis, em 27 de julho, no Guarujá, e resultou na morte de 28 civis.
Elogiada pelas autoridades no evento, ela também foi alvo de críticas após suspeitas de execuções e prisões arbitrárias. Ao menos 11 relatos do tipo foram reunidos pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).
No evento desta segunda-feira, 16, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, negou qualquer irregularidade. O secretário, que é oficial da reserva da PM de São Paulo, disse que todas as ações na Baixada Santista foram realizadas "dentro dos limites da lei".
"Esses policiais aqui, muito deles voluntários, desceram para o litoral para combater o crime organizado. Infelizmente, 28 criminosos resistiram a prisão e foram neutralizados em operações legítimas", afirmou Derrite.
O governador do Estado, Tarcísio de Freitas, disse que ouve apelos da população por "Rota na rua" e que os paulistas acreditam na "excelência" do trabalho das forças de segurança pública. O governador e o comandante da PM, Cássio Araújo de Freitas, lembraram o soldado Reis em seus discursos. A viúva do militar esteve presente na tribuna.
Bolsonaro cumprimentou os policiais, acenou e tirou fotos com dezenas de apoiadores no evento, mas não quis discursar e nem falar com a imprensa. Em alguns momentos, distanciou-se de Tarcísio no pátio do 1° Batalhão e concentrou as atenções do público.
A cerimônia comemorou o 53° aniversário da Rota. Houve entrega de medalhas a dezenas de integrantes e também contou com a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tenta o apoio de Bolsonaro e Tarcísio na disputa pela reeleição à capital paulista no ano que vem.