Com coro de apoiadores contra a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) encerrou seu último ato de campanha em São Paulo antes do primeiro turno das eleições deste ano. Com o objetivo de alavancar a candidatura de seu ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e garantir um palanque no Estado no caso de um eventual segundo turno, Bolsonaro acenou a apoiadores, tirou fotos e caminhou por quase toda a extensão da Avenida Pedro Álvares Cabral.
Apoiadores seguiam o presidente, a pé e de moto. E gritavam palavras como "mito" e "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". Os manifestantes exaltaram o momento em que o presidente segurou uma imagem de Lula atrás das grades. O presidente foi acompanhado por seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a deputada Carla Zambelli (PL-SP), o empresário Luciano Hang e o candidato à Câmara Frederick Wassef (PL-SP).
No início da motociata organizada pelo presidente, que partiu da Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital, ele reafirmou a confiança de sua reeleição em primeiro turno, dizendo esperar "no mínimo" 60% dos votos.
De acordo com as principais pesquisas de intenção de voto, no entanto, Bolsonaro aparece em segundo lugar. Levantamento realizado pelo Instituto MDA Pesquisa, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado hoje, o ex-presidente tem 48,3% dos votos válidos, quando são descartados os brancos e nulos. Jair Bolsonaro (PL) registra 39,7%.
<b>As motociatas</b>
As motociatas marcaram toda a campanha e também a pré-campanha do presidente. O evento em São Paulo foi convocado pelas redes sociais como uma "cartada final da campanha", atrelando sua realização a uma possível vitória de Bolsonaro no primeiro turno das eleições.