Estadão

Bolsonaro fala em liberdade a qualquer preço e Poderes dentro das 4 linhas

Em campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer nesta quarta-feira, 14, que todos os Poderes "jogarão dentro das quatro linhas da Constituição" se for reeleito. O chefe do Executivo havia dado declaração semelhante no 7 de setembro, em recado velado ao Supremo Tribunal Federal (STF), quando subiu em um trio elétrico para discursar na Esplanada dos Ministérios. Hoje, Bolsonaro também afirmou que o Brasil terá liberdade "a qualquer preço".

"Começamos cada vez mais falando: O Brasil é laico, mas o presidente da República é cristão. Um presidente que respeita seus policiais e seus militares. Um presidente que defende a família, que defende a liberdade do seu povo", disse Bolsonaro durante comício em Presidente Prudente (SP).

"Um presidente que cada vez mais fala na legítima defesa, que não quer desarmar seu povo, muito pelo contrário. Esperem acabar as eleições, todos jogarão dentro das quatro linhas da Constituição. Vamos trazer essa minoria que pensa que pode tudo para dentro das quatro linhas da nossa Constituição", emendou o candidato à reeleição.

No trio elétrico, ao lado dos ex-ministros Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o governo de São Paulo, e Marcos Pontes (PL), que concorre ao Senado, Bolsonaro repetiu que "povo armado jamais será escravizado" e criticou, de forma velada, os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos abertos no STF.

"Dizer a vocês que com as mídias sociais, nós conseguimos essa liberdade. E têm ainda poucas pessoas lá na praça dos Três Poderes que ousam cada vez mais tolher a liberdade nas mídias sociais", declarou o presidente.

"Nós defendemos o funcionamento de todas as instituições, mas aqueles que ousam sair fora das quatro linhas, não interessa de qual poder seja, tem que ser trazido para dentro das quatro linhas. O Brasil não aceita ditadura, o Brasil luta e vai ter liberdade a qualquer preço", acrescentou Bolsonaro.

O candidato à reeleição também atacou seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto. Bolsonaro chamou o petista de "pinguço", "vagabundo" e "bandido" e apelou para a pauta conservadora. "Esse cara não tem qualquer compromisso com as nossas famílias. Esse cara quer o poder pelo poder. Ele quer fincar aqui no Brasil uma bandeira vermelha", disse.

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