O presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer acenos públicos ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com quem deseja firmar uma aliança para disputar as eleições deste ano. "Já que o governador fez uso desta tribuna Em time que está ganhando, não se mexe", afirmou o presidente em discurso na solenidade de posse da Diretoria da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), nesta quinta-feira, 26, em Belo Horizonte.
O chefe do Executivo, preocupado com seu desempenho fraco em pesquisas de intenção de voto em Minas Gerais, quer se unir a Zema para enfrentar a dobradinha entre o pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que deseja ser governador. O próprio Zema, no entanto, ainda resiste a formalizar a aliança, diante da rejeição do governo federal entre os mineiros.
Pouco antes de discursar, Bolsonaro deu as mãos a Zema e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), seu principal aliado no Congresso Nacional, e as levantou, como em campanhas eleitorais. A plateia, convidada pelo presidente da Fiemg, o bolsonarista Flávio Roscoe, aplaudiu.
No pronunciamento, o presidente reiterou promessas da campanha de 2018, como o combate à suposta "ideologia de gênero", disse não querer falar em reformas da CLT e voltou a sugerir que há um processo de corrosão das liberdades em curso no País. "Não perderemos a nossa liberdade, custe o que custar", voltou a dizer Bolsonaro.