Estadão

Bolsonaro fica de frente para Moraes em posse no STJ após tuíte sobre TSE

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou há pouco à solenidade de posse da nova direção do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pela disposição dos lugares destinados às autoridades, o chefe do Executivo ficou de frente para o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na tarde desta quinta-feira, 25, Bolsonaro reagiu no Twitter à decisão da Corte de permitir que mesários retenham celulares dos eleitores no momento do voto para garantir o sigilo. "Respeitar a democracia é muito diferente de assinar uma cartinha ", criticou.

Como mostrou a coluna <i>Jogo Político</i>, aliados do presidente se irritaram com a decisão do TSE, que foi vista como mais um movimento de restrição imposto por Moraes. O <i>Broadcast Político</i> apurou que o tuíte do presidente foi uma reação direta ao Tribunal e que a versão publicada na rede social é mais "light" que a original.

Na cerimônia de hoje, a ministra Maria Thereza de Assis Moura e o ministro Og Fernandes tomam posse, respectivamente, nos cargos de presidente e vice-presidente do STJ e do Conselho da Justiça Federal (CJF). Bolsonaro chegou ao local acompanhado do presidente do STF, Luiz Fux, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Também estão presentes os ministros do STF Gilmar Mendes, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, André Mendonça e Kassio Nunes Marques. Da Esplanada do Ministérios, compareceram Paulo Guedes (Economia), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Anderson Torres (Justiça). O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), candidato à reeleição, e a vice em sua chapa, a deputada Celina Leão (PP), também foram à solenidade.

As críticas de Bolsonaro no Twitter ocorrem também dois dias após a Polícia Federal (PF) realizar uma operação contra empresários acusados de defender um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições em outubro. Ontem, durante encontro com lideranças religiosas na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), em sua campanha pela reeleição, o presidente comentou pela primeira vez de forma pública a ação da PF. "Cadê aquela turminha da carta pela democracia?", ironizou.

Nesta terça-feira, 23, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a oito empresários que apoiam Bolsonaro. A operação ocorreu um dia após o chefe do Executivo dizer, em entrevista ao Jornal Nacional, da <i>TV Globo</i>, que o conflito com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estaria "superado". Integrante do STF, Moraes foi quem autorizou a operação.

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