Desde o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 2019, até o último 10 de março, o Palácio do Planalto gastou R$ 2.599.696,46 com alimentação no avião presidencial. É o que indica levantamento elaborado pelo deputado federal Elias Vaz (PSB/GO) e sua equipe, com base em dados do Portal da Transparência.
Segundo o levantamento, em 2019, o gasto foi de R$851.159,36. Em 2020, a despesa chegou R$656.117,38. No ano seguinte, o valor foi de R$889.583,37. Em 2022, o montante despendido foi de R$ 202.836,37, até o último dia 10.
O parlamentar diz que vai apresentar à Câmara dos Deputados uma proposta de fiscalização e controle, solicitando auditoria do Tribunal de Contas da União. Além disso, também vai pedir à presidência o detalhamento e notas fiscais das despesas.
"O presidente diz que é simples, come macarrão instantâneo e leite condensado, mas a realidade é outra. É dinheiro público pagando a conta dos luxos do Bolsonaro em plena crise. É vergonhoso", afirma o deputado.
As informações sobre a comida de avião estão ligadas a um contrato fechado entre a presidência da República e a International Meal Company Alimentação S/A para o fornecimento das refeições, lanches e petiscos, diz Vaz.
De acordo com o deputado, o acordo foi fechado em 2018 (governo Temer) e vem sendo prorrogado. Ele prevê o fornecimento de refeições prontas – como almoço, jantar e café da manhã – além de bebidas, salgados, sanduíches, castanhas, barras de cereais, frios, frutas, doces e gelo, indicou a equipe de Vaz.
<b>COM A PALAVRA, A PRESIDÊNCIA</b>
A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a Secretaria da Presidência. Até a publicação deste texto, não havia recebido uma resposta. O espaço está aberto para manifestações.