O presidente Jair Bolsonaro inaugura hoje, por volta das 14h, no Rio de Janeiro, um trecho de 2,5 quilômetros da Ecoponte. Depois, às 16h, o presidente participa de um mega evento evangélico na Enseada de Botafogo, zona sul a cidade, que desde ontem vem causando transtornos no trânsito do entorno da região, com a instalação de uma grande estrutura para receber mais de 100 mil pessoas, segundo expectativa dos organizadores.
O trecho que será inaugurado pelo presidente se refere a uma alça que sai da Ponte Rio-Niterói, na altura do Caju, em direção à Linha Vermelha, e visa desafogar o trânsito de quem sai de Niterói em direção à Avenida Brasil. A expectativa é que 15 mil veículos passem diariamente pelo novo trecho. A obra, da concessionária Ecoponte, estava prevista no contrato de concessão assinado em 2015 e levou 20 meses para ficar pronta, ao custo de R$ 230 milhões.
<b>RR Soares
</b>Ontem ao receber de surpresa estudantes do Instituto de Ciências Aplicadas de Limeira (SP) em seu gabinete no Palácio da Alvorada, Bolsonaro confirmou a presença na comemoração dos 40 anos da igreja do pastor neopentecostal Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como RR Soares, também apresentador de um programa na televisão e fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus.
"No sábado à tarde estarei no Aterro do Flamengo, no evento evangélico a convite do RR Soares", disse a 35 estudantes "animadas" segundo o próprio presidente, que chegou a mandar recado para o noivo de uma delas a pedido da estudante. "Ô Luís, namorada bonita, hem? Se eu fosse você não deixava ela andar por aí sozinha, não", disse Bolsonaro, provocando a gargalhada do grupo.
Antes, o presidente chegou a chorar após uma oração do grupo, ao falar da própria trajetória, iniciada, segundo ele, "na região mais pobre de São Paulo", e que chegou à presidência. "Sobrevivemos a uma facada e sobrevivemos a outro milagre, que foi a eleição. O que mais peço a Deus é mudar o destino do Brasil. Não é fácil", disse com a voz embargada.
No mesmo encontro, Bolsonaro fez um breve balanço do seu governo, afirmando que está fazendo "o que pode" para desregulamentar o setor produtivo e reclamou pelo grande número de sindicatos do País e de causas trabalhistas na Justiça. "Não pode um país ter 15 mil sindicatos e mais ações trabalhistas do que no mundo todo", afirmou.
Ele disse ainda ter se encontrado "muito com a Receita Federal" para conversar sobre a necessidade de simplificar instruções normativas para destravar a economia e lembrou já ter editado a lei da liberdade econômica, que agiliza a abertura de empresas. "Algumas instruções normativas têm que ser extintas ou revogadas ou simplificadas", avaliou. "Queremos dar liberdade a quem está lá embaixo, sentir na pele o que é CLT", afirmou.