O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou hoje a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O chefe do Executivo afirmou que esse é um risco que todos correm e lembrou da facada sofrida na campanha eleitoral de 2018. "Eu lamento. É o risco que todo mundo corre. Eu quase morri em 2018 e não vi a esquerda se preocupando comigo, mas tudo bem", declarou, ao ser questionado por jornalistas, durante visita à Expointer, maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, em Esteio (RS).
"Eu já falei que lamento. Apesar de não ter nenhuma simpatia por ela, não desejo isso para ela. Agora quando eu levei a facada o pessoal da esquerda ficou calado, né? Mas tudo bem. Nós temos coração, queremos o bem", disse o candidato à reeleição. "Lamento o ocorrido e espero que a apuração seja feita para saber se saiu da cabeça dele ou de alguém que, porventura, tivesse contratado ele para fazer aquilo", emendou.
Bolsonaro foi o último dos principais presidenciáveis a se manifestar sobre a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, e o fez ao ser provocado. Nas redes sociais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ódio político é uma ameaça à democracia na região. A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou que é preciso dar um fim à violência política. O ex-governador Ciro Gomes (PDT), por sua vez, criticou o "radicalismo cego" e "polarizações odientas". Soraya Thronicke (União Brasil) e Luiz Felipe dAvila (Novo) também condenaram o ocorrido.
O homem que tentou atirar em Cristina Kirchner, na noite de ontem, em frente à casa dela, em Buenos Aires, foi preso pela polícia argentina. Ele foi identificado como Fernando André Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos de idade. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o homem apontando uma arma para a cabeça da vice-presidente. É possível ouvir o barulho do gatilho, mas a arma não dispara. Ele, então, é rapidamente detido.