Estadão

Bolsonaro lamenta morte por gás em viatura da PRF

Cinco dias após a morte do motociclista Genivaldo dos Santos em Sergipe, o presidente Jair Bolsonaro lamentou nesta segunda-feira, 30, o ocorrido. Genivaldo faleceu após ser trancado numa viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em que os agentes jogaram gás de pimenta. Cobrado sobre a posição do governo em relação ao caso, Bolsonaro criticou a imprensa, disse que é preciso respeitar o devido processo de investigação do caso e também lamentou a morte de policiais rodoviários no Ceará.

No caso de Genivaldo, as cenas de agressão foram filmadas por populares na cidade de Umbaúba (SE) na semana passada. Após ser imobilizado pelos policiais, ele foi colocado numa viatura em que os agentes jogaram gás de pimenta. A PRF abriu sindicância para apurar.

"Lamento o ocorrido, há duas semanas, com dois policiais rodoviários federais (no Ceará, quando um morador de rua com transtornos mentais tomou a arma de um dos agentes e atirou contra a dupla)", declarou Bolsonaro, emendando que também lamentava o óbito de Genivaldo.

"É tratamento isonômico, vai ser seguida a lei. A gente lamenta o ocorrido nos dois episódios, e vamos de acordo com órgão competente, o Ministério Público, a PRF. Não podemos generalizar", declarou Bolsonaro, durante visita a Recife para inspecionar as ações do governo federal de ajuda a vítimas das enchentes na cidade.

O presidente elogiou a atuação da PRF e disse que os policiais rodoviários são os primeiros a chegar quando há um acidente na estrada. "A PRF faz um trabalho excepcional para todos nós. Nos momentos difíceis são os primeiros a chegar. A Justiça vai decidir esse caso e será feita justiça sem exageros e sem pressão por parte da mídia que sempre tem tomado o lado da bandidagem, sempre tomam as dores do outro lado. Vamos ter o devido processo legal e fazer justiça", disse o presidente.

Conforme mostrou o <b>Estadão</b>, portarias do governo federal desde 2019 têm ampliado a atuação da PRF em operações contra o crime. A corporação federal também participou das ofensivas da polícia fluminense na favela da Vila Cruzeiro, na zona norte, que terminou com 23 mortos.

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