Política

Bolsonaro lota avenida Paulista, fala em pacificação e não cita STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou uma multidão de centenas de milhares de apoiadores para um ato em defesa da democracia, ocupando cerca de 10 quarteirões da avenida Paulista em São Paulo, neste domingo.

A manifestação, convocada por ele em redes sociais, serviu como uma demonstração de apoio da população, além da insatisfação com a forma como vem sendo investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), apesar de não citar o órgão máximo da Justiça brasileira em seu discurso. A Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que não irá divulgar o número estimado de participantes.

Bolsonaro que vem sendo investigado em diversos processos, acusado de ter participado da articulação de um golpe para permanecer no poder, após perder as eleições de 2022 para o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), solicitou que o ato não tivesse um viés de ataque às instituições. Pediu e foi atendido para que os manifestantes não levassem faixas ou cartazes ao ato.

Desde as primeiras horas desta manhã, a avenida Paulista começou a ser tomada. Outros políticos do PL e de partidos ligados a ele, participaram. No palco principal, alguns poucos deputados se manifestaram.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de primeira hora de Bolsonaro, foi o único mandatário que discursou, enaltecendo a liderança de Bolsonaro. Em discurso, destacou “legado de Bolsonaro”. Afirmou que o ex-presidente “nunca pegou nada para si” e sempre deu o crédito para quem realizava ações durante sua gestão. “Presidente que sempre respeitou Israel”, acrescentou.

Também participam do ato a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os governadores de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além de parlamentares aliados e do pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação.

Já o ex-presidente fez um apanhado das realizações de seus quatro anos como presidente, afirmou que jamais participou ou articulou qualquer golpe de Estado, como vem sendo acusado pelo Polícia Federal, pediu a pacificação do país. Em momento algum, fez qualquer referência ao Supremo, nem atacou seus ministros.  O ex-presidente pediu anistia aos presos e condenados pelo “8 de janeiro”, numa menção ao ato em Brasília no início de ano passado, quando milhares de manifestantes contrários à eleição de Lula, tomaram a sede dos Três Poderes na Capital Federal.

Algumas lideranças da política de Guarulhos estiveram na avenida Paulista, como o prefeito Guti, o deputado estadual e líder do Governo Tarcísio na Assembleia, Jorge Wilson Xerife do Consumidor, o presidente da Câmara Municipal, Ticiano Americano, o secretário de Governo, Americano, entre outros integrantes da atual administração.

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