O governo Jair Bolsonaro alterou o planejamento estratégico da Polícia Rodoviária Federal (PRF) um ano após o plano ter sido lançado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. Com a saída de Moro, após acusação de interferência do chefe do Planalto na Polícia Federal, Bolsonaro deu aval para mudanças nas diretrizes da PRF.
O novo plano foi lançado nesta sexta-feira, 24, no evento de comemoração dos 92 anos da Polícia Rodoviária Federal. Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, participaram por videoconferência.
O conteúdo do plano revisado ainda não foi divulgado pela PRF. A portaria autorizando a revisão foi assinada e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta.
Na cerimônia, assim como fez em transmissão pelas redes sociais na véspera, Bolsonaro destacou números de operações da PRF e fez questão de afirmar que o desempenho é superior à gestão do ano passado. O diretor-geral da PRF, Eduardo Aggio de Sá, assumiu o cargo após a saída de Moro do governo, substituindo Adriano Marcos Furtado, indicado do ex-ministro.
"No que depender de mim, de decretos, do ministro da Justiça, de portarias, do Aggio, nosso diretor-geral, de instruções normativas, estamos à disposição de toda a corporação para fazer com que, com mais meios, de forma mais ágil e com menos burocracia, vocês possam cumprir o seu objetivo", declarou Bolsonaro no evento.
Uma das ações da nova gestão da PRF, ressaltou Bolsonaro, foi ter iniciado o curso de formação de 600 novos profissionais aprovados em concurso. Logo após a mudança no ministério e na corporação, houve uma demanda e o sinal verde do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o aumento do efetivo, afirmou o presidente.