Bolsonaro nega recriação de ministérios, mas indica Onyx na Secretaria-Geral

O presidente da República Jair Bolsonaro negou a possibilidade de recriar ministérios e disse que ao comentar a possibilidade em uma cerimônia realizada ontem no Palácio do Planalto, estava apenas fazendo um elogio à competência dos secretários da Pesca, Esporte e Cultura.

O chefe do Executivo, porém, indicou a possibilidade de mexer na disposição de seus quadros afirmando que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, poderia assumir a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada interinamente por Pedro Nunes Marques.

"O Onyx? Volta. Conheço há muito tempo. Me ajudou muito. Acredito no trabalho dele. Chamo o Onyx de coringa, ele está pronto para ir para qualquer ministério", respondeu Bolsonaro ao ser questionado se Onyx voltaria ao Palácio do Planalto para assumir a Secretaria-Geral.

Na sexta-feira, 30, Bolsonaro condicionou a recriação de ministérios a votos em candidatos apoiados pelo governo. Ele admitiu que poderia recriar os ministérios do Esporte, da Cultura e da Pesca, após a eleição que vai renovar a cúpula do Congresso, na próxima segunda-feira.

"Se tiver o clima no Parlamento, (porque) ao que tudo indica as duas pessoas que nós temos simpatia devem se eleger (Lira e Pacheco), não vamos ter mais uma pauta travada", disse o presidente na solenidade em que recebeu os novos atletas embaixadores dos Jogos Escolares Brasileiros, na qual poucos usavam máscara de proteção. "A gente pode levar muita coisa avante e quem sabe até (fazer) ressurgir ministérios."

Hoje, no entanto, Bolsonaro voltou atrás. "Não tem recriação do ministério. Eu escolhi os três secretários, que fazem um brilhante trabalho. O elogio que dei pra eles no trabalho que eles fazem eles mereciam ser ministros. Não é criar ministérios como deram a entender para negociar com quer que seja. Não é fácil criar ministério. É burocracia, um pouco mais de despesa. Não está previsto", disse.

<b>Eleições do Congresso</b>

Bolsonaro disse ainda acreditar na vitória de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. "Mas quem vai decidir é o parlamento. Respeitamos o parlamento. Sou simpático ao Arthur Lira e sou simpático também ao outro candidato ao senado, o Rodrigo Pacheco (DEM)", disse.

Ele afirmou que a partir da próxima semana, com a volta do Congresso, irá priorizar reformas a privatização da Eletrobras e Correios." A regularização fundiária é muito importante pra gente", disse.

Bolsonaro afirmou querer "um sucessor que atenda os interesses do Brasil e não deixe atrasar pautas de interesse", na Câmara.

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