O presidente Jair Bolsonaro disse que está atento às medidas que precisa tomar para ajudar a economia sem infringir as regras de um ano eleitoral. Em conversa com jornalistas em Brasília neste sábado, 12, o chefe do Executivo lembrou que, durante a pandemia, não houve problemas porque a eleição ainda estava distante, mas que é preciso atenção agora, no caso dos combustíveis, porque a população vai às urnas em outubro.
"Eu não posso fazer certas coisas porque tem o impedimento da lei eleitoral. Fizemos consultas nesse sentido e a gente espera que a resposta seja favorável porque vivemos um momento atípico", disse. "Ninguém está tomando medidas aqui pensando em eleições. Estamos pensando em salvar a economia do Brasil", afirmou.
Bolsonaro fez um paralelo com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, salientando que sempre se preocupou com a saúde, mas também com as questões econômicas. "Sempre falei: atacar o vírus, a doença, mas também atacar o desemprego. Fui incompreendido. O preço foi alto, dessa incompreensão que tiveram para comigo", desabafou, lembrando o pedido de sanitaristas para que as pessoas evitassem ir à ruas. "Teve o fiquem em casa e a economia a gente vê depois , mas mesmo assim tomamos medidas e não era um ano eleitoral. Então não tinha problema criar o BEM, criar o Pronampe. Hoje teria problema", comparou.
O presidente disse também que não pode ficar "desguarnecido, vulnerável" a ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tendo em vista o ano eleitoral e as medidas que precisam ser adotadas. Mais cedo, o PL informou que a pré-candidatura de Bolsonaro deverá ser oficializada no dia 26.