O presidente Jair Bolsonaro baixou o tom em relação à pandemia, muitas vezes criticada e negada em seus discursos e aparições públicas e preferiu exaltar as ações do governo para combatê-la, falando inclusive na preservação da vida como principal objetivo das medidas adotadas.
Na porta do Palácio da Alvorada, na tarde desta quarta, 10, o mandatário observou que, quando o vírus começou a aparecer no Brasil, em março, seu governo tomou várias medidas para amenizar os efeitos. "Não deixamos de atender a população com a política de isolamento", disse. Bolsonaro ressaltou programas como auxílio emergencial e de crédito para as empresas.
O presidente também reconheceu e lamentou a gravidade da situação atual da pandemia no País, em uma manifestação bastante diferente das declarações dadas até o dia de hoje. Para Bolsonaro, "ninguém esperava por essa cepa que apareceu", se referindo às variantes do vírus que circulam, entre elas a brasileira que tem repercutido mundialmente. "Lamentável. A situação é bastante grave."
O presidente lembrou, desta vez sem atacar o ex-ministro da Saúde, que "(Henrique) Mandetta falava que o pico da doença no Brasil seria em abril, depois maio…", repetindo que ninguém esperava pela nova cepa. Bolsonaro também mostrou solicitude do governo nesse novo momento da pandemia, e disse que "o que for possível de ser feito o governo fará", pois, segundo ele, "a vida está em primeiro lugar".