Em mais uma agenda em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um encontro com lutadores famosos de artes marciais, ao lado do candidato ao governo do Estado Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os atletas reiteraram apoio à reeleição do chefe do Executivo.
Em endosso ao discurso religioso, Bolsonaro disse que "tudo que for possível para você fazer, você faça. O que não for, entregue nas mãos de Deus", seja por oração ou jejum. Sem mencionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro declarou que "qualquer coisa na vida, se colocar o cara errado, vai ter problema". "A vantagem é que eu tenho certeza que tem a mão de Deus no Brasil", emendou.
Ao lado de Tarcísio, o presidente ainda citou a pandemia da covid-19 e mencionou o candidato do PT governo paulista, Fernando Haddad, com quem disputou o segundo turno das eleições de 2018: "Imagina com o Haddad no Brasil durante a pandemia".
Ao relembrar momentos da história que "mudaram o destino do Brasil", Bolsonaro citou o ano da revolta tenentista (1922), o golpe militar (1964) e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (2016).
Lutadores como Minotauro, José Aldo, Maurício Shogun e Fabrício Werdum Cyborg marcaram presença no encontro. A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL) e o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten, também participaram do evento.
No encontro, Bolsonaro recebeu um cinturão e um par de luvas com a letra "B" estampada. Enquanto assinavam uma camisa do Brasil, o presidente questionou: "quem quer picanha aí?", em provocação a Lula, que frequentemente promete, se eleito, retomar o "churrasquinho" dos finais de semana.
A imprensa não teve acesso ao evento, que foi transmitido nas redes sociais. Na rua, enquanto esperavam a saída do presidente, apoiadores gritaram contra um motorista de um carro enfeitado com adesivo de Lula e Haddad. "Vai trabalhar, vagabundo", enfatizou um apoiador de Bolsonaro.
Ao sair do evento, o presidente e os lutadores desfilaram em frente aos apoiadores, que ecoaram "Lula ladrão seu lugar é na prisão". Os atletas reforçaram o lema: "quem luta de verdade, vota 22".
<b>Agenda</b>
Bolsonaro permanecerá em São Paulo por quatro dias consecutivos. Nesta quinta, 20, ele se reuniu com prefeitos e vereadores ao lado de Tarcísio, do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). À noite, participou de um jantar no Palácio dos Bandeirantes.
Bolsonaro e Lula tem centrado as agendas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na campanha do presidente, o Estado paulista foi colocado na primeira posição de destinos devido ao histórico de votação antipetista e ao tamanho do colégio eleitoral.
Neste sábado, 22, o presidente participa de atividade eleitoral em Guarulhos, na Grande SP, e se reúne com autoridades e religiosos da periferia paulista. No domingo, dia 23, ele estará na Igreja Mundial do Poder de Deus na parte da manhã, à tarde grava uma live e à noite participa do debate da Record. Lula não estará presente.