O presidente Jair Bolsonaro disse na quinta-feira, 14, que quer discutir com governadores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o veto a trecho do projeto de socorro a Estados e municípios que congela reajuste de servidores até 2021. "Ele (Maia) pretende, juntamente comigo, fazer videoconferência com governadores de todo o Brasil e ali sair compromisso no tocante a possível veto ou não de artigos desse projeto", afirmou Bolsonaro em frente ao Alvorada.
Bolsonaro disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teme que parte dos R$ 60 bilhões aos Estados e municípios previstos no projeto seja usado para reajustar salários de funcionários públicos.
O presidente disse ainda que fala "a mesma língua" de Maia nesse tema: "Está todo mundo preocupado com a questão de gastos. Quase todos prefeitos e governadores estão no limite sobre a questão de gastos."
O presidente prometeu a Guedes que vetaria o trecho do projeto que blinda uma série de carreiras do congelamento, incluindo as de segurança pública. Como mostrou o <b>Estadão/Broadcast</b>, foi o próprio Bolsonaro que deu aval para que o Congresso aumentasse a lista de categorias que podem ter reajuste até o fim de 2021, contrariando as orientações da equipe econômica. Depois, no entanto, Bolsonaro passou a se comprometer, em público, a vetar a possibilidade de reajustes.
Bolsonaro recebeu Maia no Palácio do Planalto mais cedo, após meses de afastamento e trocas de farpas em público. "Não existe ataque entre nós. Estamos vivendo em paz, harmonia, sem problema", disse Bolsonaro.
Ele tem até o dia 27 de maio para sancionar o socorro aos Estados e municípios, com o veto à possibilidade de aumento salarial para o funcionalismo.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>