O presidente Jair Bolsonaro voltou a destacar que seu governo aprovou a autonomia do Banco Central. Em encontro com políticos de Mato Grosso no Palácio da Alvorada nesta quinta-feira, afirmou que a autarquia mostra sucesso em conter a inflação.
"Eu abri mão do Banco Central, do poder de conduzir aquilo que é mais importante para nós, que é a condução da inflação. Não é fácil, mas estamos tendo sucesso", declarou o presidente.
Para tentar conter a inflação, o BC vem promovendo altas sucessivas de juros. Ainda nesta noite, deve elevar a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 13,25% para 13,75% ao ano, a 12ª alta seguida.
Nesta terça, 2, em entrevista ao SBT, Bolsonaro afirmou que a deflação a ser verificada no País deve ser a maior desde o Plano Real. De acordo com o chefe do Executivo, a população sentirá redução na conta de luz já neste mês.
Apesar de o presidente não ter especificado a que índice estava se referindo ao falar de deflação, como mostrou ontem o <b>Estadão/Broadcast</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o índice negativo deve ser verificado somente nos preços administrados. Será a primeira deflação anual do Plano Real a ser verificada em itens administrados em meio ao efeito das medidas tributárias para baixar os preços de combustíveis e energia.
<b>Voto com razão e não com emoção </b>
Bolsonaro afirmou que o eleitor não pode decidir em quem votar em outubro com o coração ou com a emoção. "Tem que ser com a razão", afirmou. Trechos do discurso foram transmitidos por aliados.
Aos presentes, Bolsonaro ainda voltou a prometer reajuste para servidores e a reestruturação das carreiras da Polícia Rodoviária Federal (PRF), agora para o ano que vem, e reiterou críticas indiretas ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Quem deveria zelar pela nossa liberdade está fazendo exatamente ao contrário", declarou.