O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil terá mais 20 milhões de doses da vacina contra covid-19 ainda neste mês. A declaração foi dada em entrevista no Palácio da Alvorada após a Pfizer antecipar o cronograma de entregas e fechar a remessa de 14 milhões de doses até junho.
"O contato hoje foi excepcional, eles entenderam a gravidade que o Brasil atravessa com essa nova cepa, que é interesse deles que não saia do local, né? Então isso ajudou muito nessa negociação", afirmou Bolsonaro. "Por outro lado também teremos nesse corrente mês no mínimo mais 20 milhões de vacinas, ou seja, a nossa programação, os nossos contratos estão indo muito bem. O Brasil, se eu não me engano, já é o quinto que mais vacina em valores absolutos no mundo."
O presidente da República admitiu que o avanço da covid-19 no País levou o governo a negociar a compra de mais doses do imunizante. Por outro lado, o chefe do Planalto voltou a criticar as novas medidas de isolamento tomadas por governadores e prefeitos. O Distrito Federal, por exemplo, decretou toque de recolher entre 22 horas e 5 horas. "Isso é uma afronta, isso é uma afronta, isso é uma coisa inadmissível que está acontecendo."
Pressionado pela falta de vacinas e pelo avanço da doença no Brasil, o governo se prepara para lançar uma nova rodada do auxílio emergencial. Para isso, porém, espera a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial na Câmara. O presidente reforçou que serão quatro parcelas com uma média de R$ 250 por beneficiário.