O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a dizer nesta sexta-feira, 26, que abriu mão de poder com a autonomia do Banco Central. "Sendo chefe do Executivo, abri mão de poder", declarou em discurso na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Com a lei que conferiu autonomia formal ao Banco Central, os poderes do governo sobre a autoridade máxima da política monetária do País ficaram limitados.
A legislação impede, por exemplo, que o presidente e os diretores do BC sejam exonerados por fatores políticos; e ainda define um rodízio no cargo que faz com que novos governos sejam obrigados a ter indicados pelo antecessor.
Em um longo discurso recheado de palavrões na ACSP, o chefe do Executivo, candidato à reeleição, defendeu ainda que seu governo reduziu a ingerência política sobre a máquina pública, sem citar as recentes interferências na Petrobras para conter a alta dos combustíveis.