Usain Bolt se demonstrou menos frustrado do que poderia se imaginar após ficar apenas com a terceira colocação em sua última prova individual na carreira, disputada neste sábado, no Mundial de Atletismo, no Estádio Olímpico de Londres.
Na final dos 100 metros, o jamaicano fez o tempo de 9s95 e ficou atrás dos norte-americanos Justin Gatlin, ouro com 9s92, e Christian Coleman, prata com 9s94. Ainda assim, embora não tenha obtido o resultado esperado, Bolt preferiu elencar fatores positivos sobre este sábado.
“São coisas que acontecem”, comentou o velocista após a prova. “Vocês se comportaram brilhantemente”, acrescentou, referindo-se ao público presente no estádio, que o apoiou muito e chegou a vaiar Gatlin.
Bolt, aliás, elogiou o rival que o derrotou em sua última prova individual. “Ele é um grande competidor. Você precisa estar no seu melhor contra ele. Eu realmente sempre gostei de competir com ele. É uma grande pessoa.”
A única frustração de Bolt veio com sua largada. Como já ocorrera nas etapas anteriores dos 100 metros no Mundial, ele saiu mal e teve sua prova muito prejudicada. “Minha largada está me matando. Normalmente eu vou melhorando nas fases posteriores, o que não ocorreu agora. E isto foi o que me matou”, lamentou. “Foi difícil, um pouco estressante. Mas eu vim como em qualquer outro campeonato e fiz o meu melhor.”
Assim como fizera na sexta-feira, o jamaicano também voltou a criticar o bloco de largada. “Não estou totalmente confortável com esses blocos, mas você precisa trabalhar com o que tem. Não posso reclamar disso”, completou.
Dono de 11 ouros em Mundiais duas pratas e agora um bronze, Bolt tem mais uma chance de deixar Londres, o Mundial e a sua carreira com uma vitória. Ele integrará a equipe do revezamento 4×100 metros da Jamaica, quando vai, de fato, deixar o atletismo, na final que está agendada para o próximo sábado.