O índice Bovespa acelerou os ganhos e testou na manhã desta segunda-feira o nível dos 114 mil pontos, vistos pela última vez durante 25 de agosto (máxima diária de 114.156,20 pontos). O indicador segue o otimismo exterior, à medida que há expectativa de números de inflação menos pressionados ao longo desta semana. Porém, sem a referência do minério de ferro por feriado na China, Vale tenta subir em torno de 0,50%, limitando parte dos ganhos.
"Mercado estende o rali da semana passada. Amanhã sai o CPI, índice de inflação ao consumidor dos EUA americano. Todo mundo ficará atento para se fazer um último ajuste, um pente fino nas projeções juro dos EUA antes da Super Quarta dia 21. Mercado tenta identificar o pico da inflação por lá", avalia Armstrong Hashimoto, sócio e operador da mesa de renda variável da Venice Investimentos.
Na sexta-feira, o Ibovespa, motivado pelo quadro internacional principalmente, fechou em alta de 2,17% (112.300,41 pontos).
Expectativa de moderação na inflação mundial, especialmente nos Estados Unidos, estimula apetite por risco globalmente. Isso porque amanhã sairá o CPI do país. A alta do petróleo de quase 2% influencia positivamente as ações do setor na B3 e consequentemente o índice Bovespa. Mesmo com a valorização, o preço do barril está aquém da importante marca psicológica dos US$ 100, o que reduz os riscos inflacionários.
"O petróleo retrocedeu um pouco, sendo negociado com cotação inferior a US$ 100 o barril. O mesmo aconteceu com o gás menos pressão nos preços na Europa. Mercado tentará indendificar se o pico da inflação nos Estados Unidos já foi batido", reforça Hashimoto, da Venice.
A falta dos negócios com minério de ferro por conta de feriado chinês gera instabilidade nos papéis, principalmente da Vale, que chegaram a cair mais cedo. "As ações apanharam caíram muito e ainda tem o vencimento de opções sobre Ibovespa na quarta, que pode gerar volatilidade. Porém, há expectativas de estímulo na China", pondera o sócio da Venice.
Apesar de investidores globais seguirem preocupados com a perspectiva de mais aumentos de juros nos EUA e na zona do euro, o sinal de que as autoridades monetárias continuarão atuando para conter a inflação, tranquiliza os mercados, cujas bolsas já subiram na sexta.
"Juros americanos e dólar recuam na expectativa de que CPI índice de preços ao consumidor dos EUA, a ser divulgado amanhã, apresente nova moderação. A sinalização de que o juro na área do euro continuará a subir também colabora para esse movimento, além de impulsionar as bolsas na Europa. Ativos de risco avançam", resume em nota a MCM Consultores.
Às 11h16, o Ibovespa subia 1,34%, aos 113.799,70 pontos, ante máxima intradia aos 114.159,53 pontos (alta: 1,66%) e abertura aos 112.307,24 pontos (variação zero).