Estadão

Bombardeio da Rússia no leste da Ucrânia deixa ao menos 15 mortos

Um complexo de prédios residenciais da cidade de Chasiv Iar, no leste da Ucrânia, foi atingido por um míssil na noite deste sábado, 9, e pelo menos 15 pessoas foram mortas. Equipes de resgate e soldados trabalharam durante a madrugada para resgatar os corpos. Segundo as autoridades ucranianas, cinco sobreviventes foram retirados dos escombros na manhã deste domingo e outras 24 pessoas podem estar presas, incluindo um garoto de 9 anos.

A cidade tem 12 mil habitantes e a maioria dos moradores são trabalhadores de fábricas próximas, localizadas em Donetsk. A guerra se concentra cada vez mais na região, que sofreu uma série de bombardeios na última semana. Em paralelo, a Rússia envia tropas para tentar tomar o controle, após conquistar Luhansk, província vizinha a Donetsk.

Chasiv Iar fica a 20 quilômetros a sudeste de Kramatorsk, uma cidade que é um dos principais alvos das forças russas à medida que eles avançam.

Enquanto as equipes trabalham para retirar os escombros do prédio destruído pelo ataque, os conflitos entre a artilharia dos dois países continuam a alguns quilômetros de distância. Segundo relatou a Associated Press, era possível ouvir os sons da guerra no local, levando alguns trabalhadores recuarem e outros correrem para se proteger.

Pavlo Kirilenko, governador da região de Donetsk, que inclui Chasiv Iar, disse que a cidade foi atingida por foguetes Uragan, que são disparados de sistemas transportados por caminhões. Pelo menos três explosões foram relatadas pelos moradores. Além das mortes, muitas pessoas ficaram gravemente feridas.

A Rússia afirmou repetidamente que ataca apenas alvos de "valor militar" na Ucrânia. Na reunião do Ministério da Defesa da Rússia neste domingo, 10, não houve comentários sobre Chasiv Iar.

A região de Donetsk é uma das duas províncias junto com Luhansk que compõem a região de Donbas, onde rebeldes separatistas combatem as forças ucranianas desde 2014. Após a conquista de Luhansk, alguns analistas previram que as tropas de Moscou provavelmente levariam algum tempo para se rearmar e se reagrupar.

Entretanto, "até agora não houve pausa operacional anunciada pelo inimigo. Ele ainda está atacando e bombardeando nossas terras com a mesma intensidade de antes", disse Sergei Haidai, governador de Luhansk. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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