Estadão

Boric: novo processo constituinte do Chile depende de resultado de plebiscito

O presidente Gabriel Boric disse na sexta-feira, 15, que o Chile deve convocar um novo processo constituinte e eleger os membros da convenção para redação de uma nova Constituição, caso o plebiscito em setembro rejeite o texto proposto por uma Convenção Constitucional apoiada pelo mandatário.

Pela primeira vez, Boric entrega um roteiro virtual do que teria que ser feito se a opção de"aprovar" o texto for rejeitada por 50% mais um dos chilenos no referendo de 4 de setembro.

A reforma constitucional que abriu o processo constituinte atual aponta quase o voto "aprovar" vencer, entrará em vigência a Constituição proposta no início do mês por 155 membros da convenção, a maioria de esquerda. Se o lado "rejeição" vencer, a Lei Fundamental legada pela ditadura militar (1973-1990) permanecerá em vigor.

Por enquanto, as pesquisas coincidentes indicam que a "rejeição" triunfará. "Se a alternativa pela rejeição ganhar, o que ocorrerá é que teremos que prolongar este processo por um ano e meio,no qual tudo terá de ser discutido novamente do zero", disse Boric em declarações ao canal de televisão local <i>Chilevisión</i>.

Ele acrescentou que novas convenções teriam de ser eleitas porque "é essa a estradaque o Chile decidiu tomar quando votou em um plebiscito em 25 de outubro de 2020 para que uma nova Constituição seja redigida por um órgão 100% eleito para esse fim".

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