O Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, afirmou nesta segunda-feira, 21, que o gasto com defesa no bloco é de cerca de 1,5% do PIB, e que "precisamos investir mais". Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho da UE de ministros das relações exteriores, o diplomata avaliou que todos "acreditam hoje que a Europa está em perigo", e que, com a invasão da Ucrânia, não se trata mais apenas de retórica.
Segundo Borrell, "não queremos criar um exercito europeu, mas coordenar melhor os exércitos dos estados membros". Para o representante, a resposta na crise da Ucrânia "mostrou que podemos agir de forma unida". Em sua visão, é preciso "gastar mais e melhor".
Para o diplomata, a dependência energética da UE com relação à Rússia aumentou por anos, e agora é usada como arma. Levando o tema em conta, o espanhol disse que os ministros buscaram resposta "eficaz que não represente um custo que estados membros não possam assumir". Ainda assim, Borrell afirmou que o bloco continuará isolando Moscou e apoiando a Ucrânia financeiramente. Segundo ele, o que está acontecendo é um crime de guerra cometido pelo exercito russo.
Uma solução diplomática não foi descartada, e o representante disse que o primeiro passo para um acordo é o cessar fogo. De acordo com Borrell, enquanto isso, as sanções contra a Rússia tem o objetivo de criar pressão contra a Rússia.