A Bovespa abriu em queda nesta segunda-feira, 03, pressionada principalmente pelas perdas das ações do Bradesco. O mercado reage mal à compra do HSBC Brasil por US$ 5,2 bilhões (R$ 17,6 bilhões) pela instituição. Isso porque, na avaliação de operadores, o valor ficou acima do esperado pelo mercado, de cerca de US$ 4 bilhões. Às 10h36, o Ibovespa recuava 1,13%, aos 50.291,84 pontos, ampliando a trajetória de baixa nos últimos minutos com a abertura dos negócios em Nova York. No mesmo horário, as ações PN do Bradesco exibiam perda de 4,07%, com o pior desempenho entre os papéis que compõem o índice à vista.
Mas outras blue chips também exibem perdas e ajudam a pressionar o Ibovespa. Petrobras, por exemplo, tem baixa de 1,81% (ON) e 2,19% (PN), na esteira da forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional. Mais cedo, os contratos futuros de petróleo renovaram mínimas em meio a preocupações com a demanda, em reação a dados fracos de manufatura da China. A perspectiva de enfraquecimento da economia do gigante asiático também penaliza as ações da Vale, em queda de 0,41% (ON) e de 0,11% (PNA). Desta forma, a mineradora não consegue pegar carona na recuperação de 4,5% do preço do minério de ferro hoje no mercado à vista chinês. O insumo está cotado a US$ 55,3 a tonelada seca, de acordo com o The Steel Index.
Em Wall Street, o Dow Jones recuava 0,14%, o S&P 500 perdia 0,06% e o Nasdaq tinha leve ganho de 0,17%. Na Europa, as principais praças sobem após a divulgação do índice de gerentes de compra (PMI) da indústria da zona do euro, que veio acima da expectativa. Na Grécia, a Bolsa de Atenas reabriu nesta segunda-feira, após cinco semanas fechada. A reabertura ocorreu em forte queda, de 22,9%. Há pouco o principal índice da bolsa de Atenas recuava 17%.