A reação negativa dos investidores a balanços corporativos divulgados desde a noite da quinta-feira, 12, sobretudo da Petrobras, faz com que a Bovespa opere em baixa na manhã desta sexta-feira, 13. O sinal negativo exibido pelos mercados acionários na Europa e em Nova York também contamina os negócios locais. Às 10h46, o Ibovespa caía 0,59%, aos 46.606,89 pontos.
O prejuízo líquido de R$ 3,759 bilhões acumulado pela Petrobras no terceiro trimestre de 2015 foi ainda mais negativo do que a expectativa de analistas do mercado financeiro que acompanham a estatal.
A média das projeções de cinco casas consultadas (Brasil Plural, BTG Pactual, Itaú BBA, HSBC e uma quinta casa que pediu para não ser identificada) pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) apontava para um resultado negativo de R$ 2,345 bilhões (diferença de 60,3% entre os dois valores). No horário acima, a ação PN da Petrobras caía 1,32% e a ON, 0,44%.
A Eletrobras também era destaque de baixa, depois de reportar um prejuízo consolidado atribuído aos controladores de R$ 4,012 bilhões. Seus papéis ON caíam 1,14% e os PNB recuavam 2,45% também no horário mencionado.
BM&FBovespa, que negocia fusão com a Cetip e reportou lucro líquido de R$ 393,3 milhões, sem considerar o impacto proveniente do investimento na CME Group (ex-impacto CME), caía 0,25%. A Vale continua sendo influenciada pelos desdobramentos da tragédia envolvendo a Samarco – com -0,56% na PNA e +0,07% na ON.
Juntas, Petrobras, Eletrobras, BM&FBovespa e Vale respondem por 16,5% do desempenho do Ibovespa.
Em Nova York, o futuro do Dow Jones caía 0,20%, e o do S&P 500, 0,15%.