A Bovespa dá nesta quarta-feira, 30, continuidade aos ganhos da véspera, apoiada na saída do PMDB da base aliada do governo, o que aumenta a expectativa de ruptura do governo Dilma, e também no bom humor dos mercados internacionais. As Bolsas europeias e futuros em Nova York exibem firmes ganhos, depois do discurso “dovish” da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, que sugeriu que o Fed não pretende elevar juros no curto prazo.
Nesta quarta, os dados de emprego do setor privado nos EUA tiveram resultados mistos, reforçando a sinalização de Yellen, na visão dos analistas. O setor privado do país criou 200 mil empregos em março, como o previsto, mas a criação de vagas em fevereiro foi revisada de 214 mil para 205 mil.
A alta do petróleo também dá sustentação às bolsas, após a commodity acumular perdas por cinco sessões. Há expectativas sobre os dados de estoques semanais de petróleo do Departamento de Energia (DoE), que saem às 11h30.
Às 10h20, o Ibovespa subia 1,09%, aos 51.713,55 pontos. Em Nova York, o Dow Jones futuro avançava 0,62%; o S&P500, +0,54%; e o Nasdaq futuro, +0,64%. Na Europa, Paris subia 1,99%; Frankfurt, +1,61%; e Londres, +1,63%.
Na Bolsa brasileira, as ações da Vale sobem, acompanhando a valorização das mineradoras no exterior, em um dia de recuperação generalizada das commodities. Mais cedo, na Europa, os papéis da britânica Lonmin subiam 12,2% na Bolsa de Londres, seguida por Anglo American (+10%), BHP Billiton (+6,7%), Rio Tinto (+6,6%) e Antofagasta (+4,6%). Ao mesmo tempo, os papéis da Petrobras se beneficiam da recuperação do petróleo hoje e avançavam mais de 2%.
Na última hora, o dólar aprofundou suas perdas ante o real, chegando a cair brevemente abaixo de R$ 3,60, após o Banco Central não vender a oferta integral de swap cambial reverso prevista para hoje. Dos 20 mil contratos ofertados, apenas 3 mil foram vendidos, com volume financeiro total de US$ 148,3 milhões. Às 10h24, o dólar à vista no balcão recuava 0,68%, a R$ 3,6108. Na mínima, tocou em R$ 3,5995 (-0,99%). O dólar para abril recuava 0,78%, a R$ 3,6125.