Depois de três quedas consecutivas, os investidores do mercado de ações voltaram do feriado mais dispostos à compra, influenciados principalmente pelos expressivos ganhos das bolsas da Europa e dos Estados Unidos. O cenário interno também se mostrou favorável, com manutenção das expectativas de queda de inflação e juros. Ao final do pregão desta quarta-feira, 1, o Índice Bovespa marcou 66.988,87 pontos, em alta de 0,49%. Os negócios somaram R$ 6,17 bilhões.
Com os negócios iniciados às 13h, o índice atingiu a máxima do dia logo nos primeiros minutos de pregão, atingindo os 67.397,88 pontos (+1,10%). A alta perdeu fôlego ainda na primeira hora de negócios, uma vez que as ações de bancos passaram a exibir comportamento instável, com a maioria dos papéis migrando para o terreno negativo. Por outro lado, as ações da Petrobras resistiram à virada para baixo dos preços do petróleo e subiram apoiadas em notícia da assinatura de acordo de venda de ativos.
“As altas nas bolsas dos Estados Unidos foram bastante expressivas, mas tivemos algum descolamento delas. Algumas de nossas ações subiram muito ultimamente e ficaram suscetíveis a correções, o que não significa sinal um sinal de fraqueza”, disse Fernando Góes, analista da Clear Corretora.
Lá fora, o otimismo foi incentivado por dados positivos da economia dos Estados Unidos e pelo discurso do presidente Donald Trump, que na véspera fez um discurso no qual prometeu investimentos da ordem de US$ 1 trilhão em infraestrutura no país. A expectativa de incentivo aqueceu as ações de empresas ligadas ao setor.
Analistas apontam que, no Brasil, a ação que mais mostrou esse efeito vindo dos EUA foi Gerdau PN (+2,70%), uma vez que a empresa tem boa parte de suas receitas vindas de operações no país. As ações da Vale também se destacaram em alta, refletindo ainda números positivos sobre a economia chinesa. Ao final dos negócios, Vale ON e PNA subiram 1,38% e 1,14%, respectivamente.