A Bovespa teve um novo pregão de recuperação nesta quarta-feira, 29, favorecido pela continuidade da trégua no nervosismo do cenário internacional. Os investidores da renda variável continuaram a buscar boas oportunidades de compra, apoiados na percepção de que a saída do Reino Unido da União Europeia acontecerá de maneira suave, com os bancos centrais atuando de maneira integrada para evitar solavancos na economia global. Com isso, o dólar perdeu força, as commodities subiram e a Bovespa acompanhou as altas nas bolsas da Europa e Estados Unidos.
O Índice Bovespa fechou em alta de 1,99% e recuperou o patamar dos 51 mil pontos (51.001,90 pontos), perdido na última sexta-feira. Com esse resultado, o índice passa a contabilizar alta de 5,22% em junho e está próximo de anular as perdas acumuladas desde o plebiscito britânico. Na bolsa de Londres, aliás, as perdas iniciais com o Brexit foram anuladas no pregão de hoje, após a alta de 3,58% do índice FTSE-100.
A alta dos preços do petróleo mais uma vez sustentou os papéis da Petrobras, que avançaram expressivamente. A commodity subiu 3,96% no contrato para agosto negociado na Nymex, com o barril cotado a US$ 49,88 por barril. Na Ice, o barril subiu 4,17% e atingiu US$ 50,61. Com isso, Petrobras ON subiu 2,84% e Petrobras PN avançou 3,26%. Os papéis da Vale acompanharam o desempenho positivo das ações ligadas a commodities e subiram 1,62% (ON) e 2,47% (PNA).
As ações de bancos voltaram a se destacar na alta, sintonizadas com os papéis de seus pares no exterior, que haviam sido fortemente penalizadas pelo Brexit. As units do Santander terminaram o dia com ganho de 2,94%, seguidas por Banco do Brasil ON (+2,87%) e Bradesco PN (+2,41%).