O Ibovespa renovou máximas nesta primeira etapa do pregão desta quarta-feira, 1º de fevereiro, com todas as blue chips no positivo sustentando agora o patamar dos 65.000 pontos que havia sido deixado para trás na segunda-feira. Às 10h41, o índice avançava 1,12%, aos 65.395,14 pontos.
As perspectivas de longo prazo um pouco mais positivas para o Brasil e o cenário externo mais ameno dão o tom positivo nesta manhã desde a abertura dos negócios na bolsa brasileira. Segundo um analista-chefe de uma corretora, o fluxo durante o dia, principalmente, dos estrangeiros, que vai determinar a alta mais forte ou mais fraca do Ibovespa.
“Mas a chamada é para a alta, podendo passar de 1% a depender do giro”, disse, lembrando que o fluxo financeiro na terça foi de R$ 6,4 bilhões, já melhor do que o de segunda-feira (R$ 5,7 bilhões), mas ainda tímido em relação ao mês de janeiro.
Entre as blue chips a perspectiva para a performance segue positiva, com a expectativa pelo balanço do Bradesco na quinta-feira e alguma volatilidade esperada para o papéis da Petrobras. Segundo um operador, o banco pode trazer em seu balanço inadimplência relativa a pequenas e médias empresas, mas analistas acreditam que, a despeito disso, terá bons números para apresentar.
Já a estatal tem no mercado internacional a alta das cotações do petróleo e, na interna, o revés na tentativa de venda pela estatal do complexo petroquímico Citepe-Suape e questões relativas à BR distribuidora. Nesta quarta, o presidente da estatal, Pedro Parente, discursava em São Paulo e defendia parcerias e investimentos com recursos estrangeiros.
O mercado está de olho na escolha do novo relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai substituir o ministro Teori Zavascki – morto em um desastre aéreo no mês passado – nesta quarta à tarde. Pode haver um movimento pontual mais forte a depender de para quem cair. A escolha ocorrerá por sorteio eletrônico entre os magistrados que integram a Segunda Turma da Corte.
Atenções voltadas também para a eleição dos futuros chefes de Senado e Câmara, que acontecem nesta quarta e na quinta, respectivamente. A decisão é importante porque, dependendo de quem assumir, as reformas estruturais da Previdência e do Trabalho -e até mesmo uma Tributária, como já se cogitou no governo – vão andar mais devagar ou mais rapidamente.
No front externo, sai nesta quarta, no fim da tarde, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. A presidente da instituição, Janet Yellen, já disse ver espaço para mais três altas do juro básico por lá neste ano. No entanto, as perspectivas são de manutenção neste encontro específico.